quarta-feira, 26 de março de 2008

Bye Bye Baby!

Algumas coisas, depois de perdidas, (quase) nunca podem ser recuperadas.

Outras tantas nunca vieram a existir por causa disso. E assim vai se formando a roda viva: você é criança e demanda uma atenção que não lhe é muito dirigida, a figura paternal é um daqueles pequenos bibelôs que não chegam a servir pra muita coisa e, além disso, dentro daquele pequenino ser já existe uma alma, um tanto rebelde e autêntica. Pronto, passado algum tempo o cenário perfeito para fortes choques de opinião e rompimentos (sucessivos) de vínculos é (inevitavelmente) montado. E o bibelô fica ali empoeirando e deus sabe quando será limpo. Será que isso tem prazo de validade?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Face it

Depois de um filminho leve que bateu em mim feito ventania, percebi que minha nudez e minha crueza inteiras, mesmo que raras, fazem muito bem ao meu mundo. Meu menino sonhador, minha velha coroca, meu jovem neurótico e tantos outros são todos partes de mim e se mostram quando eu quero ou quando tenho capacidade de segurá-los. Todos tão diferentes são ao mesmo tempo fios importantíssimos da minha teia. E quando bato os olhos no espelho e consigo vê-los ali, juntos, é que me dou conta do Iran que sou porque dou conta assim e porque aprendi a ser assim.