segunda-feira, 22 de junho de 2009

boi da cara preta

não queria mesmo que encaretasse. logo ele, que tinha sido tão divertido e livre, parecia agora levar uma vida que ainda não o pertencia. não precisava daquilo e nem mesmo se sentia confortável. queria seus amigos bem próximos e um monte de situações novas ou, no mínimo, divertidas. mas não ia mais por aí. a monotonia da cidade contribuía, a semana e o cotidiano pesados também.

a idade ainda não podia ser um fator de peso. por deus, não podia mesmo. não é possível que a juventude acabasse assim, dando lugar a uma carranca assustad(or)a, que dali pra frente só viria a enrugar.

e sentia raiva e sentia dor. e tinha muito medo que isso virasse um monodiscurso em sua vida. e o menino, que teme e não quer envelhecer antes do tempo, decidiu não se entregar. ou se convencer disso. ou ao menos encarrancar, sem perder a alegria (ui, que clichê!).

quinta-feira, 4 de junho de 2009

um chorar mais sem fim

a dor mais dolorida foi viver sem existir.

de repente, o que um dia existiu se esvaiu, sumiu no ar. e ao mesmo tempo tudo se tornou bastante normal. só precisava saber se posicionar e, mesmo que isso não fizesse bem, era o melhor a se fazer. os dias passaram aprisionados, dentro dele, e libertar o que ainda existe ali talvez seja o maior desafio até então.


e foi ficando assim, normal. mas como nunca se deu com normalidade, foi ter com a inconformidade e queira deus isso o alimente!